Virtual Memories

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

(1) Cortejo fúnebre de M. Giuseppe Macchi
Na foto superior, imagem invulgar do ataúde atravessado no coche. Guarda de honra garantida pelos archeiros da casa real que levam as alabardas com as pontas voltadas para o chão. Na foto inferior, cabido da sé de Lisboa, vestindo os cónegos murça de arminhos e hábito coral de inverno.
Fonte: IP n.º 18, de 25.06.1906

(2) Cortejo fúnebre de M. Giuseppe Macchi, arcebispo de Tessalónica e núncio apostólico em Lisboa, falecido a 7.06.1906
Transporte da carreta funerária por moços da casa real com as respetivas librés. Na imagem superior, o mordomo da Nunciatura transporta da frente do ataúde o barrete arquiepiscopal numa almofada de veludo. Na imagem inferior, os membros do corpo diplomático acreditado em Lisboa seguram as borlas do ataúde.
Fonte: Ilustração Portuguesa n.º 18, de 25.06.1906

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Constituição de uma mesa de honra na abertura de um congresso científico
Sessão real de abertura do Congresso de Medicina de Lisboa, 1906, edifício da Sociedade de Geografia de Lisboa: ao centro, presidindo à abertura dos trabalhos, o rei D. Carlos; à direita, a rainha consorte D. Amélia e o conselheiro Costa Alemão (médico, presidente científico do congresso); à esquerda, a rainha-mãe D. Maria Pia de Sabóia e o Dr. Miguel Bombarda (médico, secretário-geral do congresso, no momento em que profere o seu discurso). Os membros do governo e os congressistas oradores ocupam lugares separados. Poderia supor-se que neste ato público a rainha D. Amélia ocupa o 2.º lugar das precedências de Estado, situação que o espaldar da cadeira atribuído à sua sogra não confirma.
Fonte: revista Brasil-Portugal n.º 175, 1/05/1905, Hemeroteca Digital de Lisboa

Património vestimentário do Museu de Arte Sacra (Ordem Terceira, Ovar)

Santo Ivo Doutor, parte superior da imagem de roca, aspecto da batina talar e da capa talhada em conformidade com a tradição académica de Coimbra

Vista dianteira da imagem de roca de Santo Ivo Doutor no seu nicho, Museu de Arte Sacra da V. O. T./Ovar/Portugal

Pormenor do saio inferior dianteiro da batina talar da imagem de roca de Santo Ivo Doutor, acervo patrimonial do Museu de Arte Sacra da V. O. P./Ovar/Portugal.
Carcela ornamental ou carcela dupla de aparato guarnecida de vivo preto e caseado falso guarnecido de botõezinhos circulares planos. Ligeiro apontamento da capa talar. Infelizmente não consegui visualizar e estudar o enxoval completo do santo que se encontra guardado numa arca fechada, de cuja conservação está encarregada uma zeladora. Espero ter oportunidade de estudar o traje de festa e as insígnias doutorais que costumam ser exibidas na procissão anual.

Grande plano frontal da capa de irmão da V.O.T./Ovar/Portugal

Capa castanha de pano de burel dos irmãos da Venerável Ordem Terceira, Ovar/Portugal
Fotografia realizada em 7/08/2012 junto ao roupeiro onde estão guardadas as capas velhas e as capas novas. Notam-se alguns pormenores de diferenciação morfológica entre as capas mais antigas e as recentes. O modelo fotografado apresenta pequena gola cosida ao colarinho (cabeção) e alamar. Até inícios do século XX as irmandades vestiam estas capas sobre uma túnica franciscana castanha, sendo esta atualmente uma raridade difícil de encontrar.
Indumentária cerimonial e festiva usada pelas ordens terceiras nas mais importantes solenidades e nas procissões das cinzas. Nos países católicos, as capas e as opas estão referidas desde a Idade Média como a indumentária apropriada às irmandades e confrarias.
Fonte: Museu de Arte Sacra da Venerável Ordem Terceira da Penitência dos Franciscanos de Ovar/Portugal

domingo, 24 de agosto de 2014

Mobiliário de uma sala de aula nos Gerais de Direito e Teologia, edifício do Paço das Escolas da Universidade de Coimbra, trabalhos de marcenaria da segunda metade do século XIX: sala sem teia, organizada em dois planos, o auditório com coxia central e bancos de espaldar, e a cátedra. A cátedra era uma tribuna em madeira, com portinhola lateral, a que se acedia por um estrado de degraus. Era nestas salas que se realizavam as cerimónias de colação do grau de bacharel, que diferentemente da tradição de algumas universidades anglo-saxónicas não incluía a entrega do diploma.
A disposição da cátedra num plano mais elevado não se destinava apenas a servir de instrumento de afirmação da autoridade dos professores. Era uma forma de projeção natural da voz numa altura em que os microfones ainda não eram conhecidos.
Fonte: fotografia de augusto Bobone, ca. 1902, acervo da UC/Alma Mater/Fotografia/Biblioteca Digital, disponível em http://almamater.uc.pt/referencias.asp?f=BDUCA&