terça-feira, 28 de maio de 2013

Imagem e identidade das escolas do magistério primário (1962-1963)

EMPAveiro (1): atuação do Orfeão [feminino?] da Escola do Magistério Primário de Aveiro/Portugal, 1962
Bata branca e grelo bicolor ao peito (verde e branco).
A ostentação de fitas multicolores na cabeça, nos ombros, peito, braços, varas e bastões, é comum aos povos de diversos continentes, culturas, credos e orientações políticas. Cores postas em janelas, varandas, arcos, penteados, significam festa e alegria. A cor está umbilicalmente associada a cortejos, procissões, danças e ritos de vida e de morte. Os estudantes dos diferentes graus de ensino médio e superior de Portugal, Espanha, Itália, França, Suécia, Finlândia, Noruega, Alemanha, Áustria, costumam exibir fitas de seda e de cetim em bonés, cartolas, gorras, capas e pastas. Os tunos ibéricos e os goliardos italianos enchem de fitas as suas capas, mantos, gorras e instrumentos musicais. Até ao século XVIII era muito frequente prender longas fitas em capelas florais, mitras e ornamentos de cabeça destinados a exibição em cortejos burlescos, procissões religiosas e danças rituais. Tenha-se presente, a tiara papal e a mitra episcopal tinham duas fitas pendentes pelas costas. Nas festas populares do Espírito Santo realizadas nos Açores e no Brasil os dignitários colocavam fitas em varas e ao peito. Em França, os membros das guildas de artes e ofícios usavam bastão (cana) e fitas presas nos chapéus e nas abas dos casacos. Olha-se para gravuras de compagons das guildas francesas de artes manuais e a primeira sensação que se experimenta é que fazem lembrar os estudantes da Universidade de Coimbra com os seus grelos, fitas, cartolas e bengalas.
Lá terão as suas razões os antropólogos quando escrevem que todas as festas são parecidas e todas as festas são diferentes.

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