quinta-feira, 9 de maio de 2013

Folia do Divino Espírito Santo, recolha de esmolas para distribuição aos presos. Irmandade com bandeiras, sacos, salvas, custódias, folia, e carros de bois enfeitados e carregados de víveres. Rio de Janeiro, em frente à cadeia, gravura de Débret [década de 1820].
Em Portugal continental este tipo de peditório para o caldo dos presos também acontecia, mas era dinamizado pelas santas casas da misericórdia. A intervenção da irmandade do D. E. S. pode talvez justificar-se por força da sua integração estatutária na santa casa. Nos Açores, os carros de bois não pertenciam às irmandades, eram solicitados aos camponeses e lavradores pelo imperador. Eram usados em três importantes momentos do calendário festivo: a) peditórios públicos de recolha de bens para a função; b) carregamento de lenha para a copa e de víveres para a ucharia da casa do D. E. S. (pipas de vinho, carnes, pães, frutas, temperos (neste caso, vistosamente engalanados com faias, canas, bandeiras, flores, festões de ervas de cheiro, colchas); c) cortejo de distribuição do bodo, levando cada carro as pensões contadas pelos irmãos.
Nos relatos antigos da função realizada em Alenquer alude-se a peditórios que a irmandade costumava fazer pelos povoados do Alentejo, tudo indica que com a presença de carros de churrião para neutralizar as amplitudes térmicas e permitir a pernoita dos irmãos.

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