terça-feira, 28 de maio de 2013

EMPAveiro (2): alunas da Escola do Magistério Primário de Aveiro/Portugal numa récita, 1963
As estudantes vestem bata branca e ostentam ao peito uma fita presa com um alfinete conhecida por grelo (nalgumas escolas, "grelinho").
O uso do grelo generalizou-se em escolas do magistério primário de Portugal e de Angola na década de 1950. O grelo era oferecido por uma madrinha que no primeiro dia de aulas o fixava na bata da sua afilhada com um alfinete. Este distintivo, que tanto aparece preso no lado esquerdo como no lado direito, era usado diariamente ao longo dos três anos do curso. Tirava-se na festa dos finalistas, sendo então substituído pelas fitas.
Observações:
-até ao momento ainda não sinalizamos vestígios de património simbólico académico nas escolas normais que antecederam as escolas do magistério;
-os diretores destas escolas aprovaram a realização de festas e de rituais cuidadosamente supervisionados e enquadrados pela moral vigente;
-as tradições das escolas de magistério primário continuaram a realizar-se até 1989 em alguns estabelecimentos. Com a transformação destas instituições em escolas superiores de educação ocorreu um corte interno com o património herdado, tendo os novos matriculados intentado uma aproximação às tradições dos estudantes das universidades de Coimbra e do Porto. A falta de visibilidade mediática deste património e a ausência de estudos no campo das ciências da educação fizeram crer erradamente que estaríamos perante um campo desinteressante ou vazio de referentes.

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