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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

São Cosme e São Damião de Igarassu

Imagens sacras de São Cosme e São Damião, convento de Santo Antônio de Igarassu, Brasil.
Figuração com loba talar e barrete doutoral pré-rocaille de Medicina.
Fonte: http://brauliomouraetc.blogspot.pt/

São Cosme e São Damião do Recife (século XVII)

Imagens sacras de São Cosme e São Damião, altar da igreja da Ordem Terceira de São Francisco do Recife, Brasil. Imagens de vulto em madeira (?) com traje de loba talar sem mantéu (notável a figuração da garnacha com a sua manga de entretalhos). Barrete doutoral de medicina de quatro cantos, ornado de borla.
Fonte: http://ordemterceiradesaofranciscodorecife.blogspot.pt/

São Cosme e Damião da Bahia (século XVIII)

Uma das duas imagens sacras de São Cosme e São Damião existentes na Santa Casa da Misericórdia de Salvador da Bahia, Brasil, com borla e capelo conformes à tradição da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Representação de excecional qualidade estética e informativa, na verdade a mais completa que conheço. O conjunto indumentário parece ser o hábito curto ou traje de abatina (abatina mais capa curta).

Insignias doutorais de Medicina

São Cosme e São Damião com S. Sebastião. Igreja de Jala, México. Os santos doutores ou santos médicos ostentam borla e capelo conforme a tradição dos doutores das faculdades de Medicina iberoamericanas do século XVIII/inícios do século XIX.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

A "doctora de Alcalà" (1785)

Retrato de D. María Isidra Quintana de Guzmán y de la Cedra (1767-1803), que em 1785 dfendeu provas doutorais em Filosofia e Letras na Universidad de Alcalà de Henares (atual Complutense). Neste retrato enverga sobre a indumentária civil o capelo doutoral, que segundo a tradição ibérica é de dupla murça com capuz, em azul escuro. Sobre a mesa avista-se o barrete doutoral, facetado, em preto, com uma borlinha de florão. Esta imagem parece confirmar que a cor de Artes Liberais/Filosofia era próxima do azul escuro em todas as universidades ibéricas (incluindo as da América Latina), tendo passado para azul claro após as reformas do governo central de Madrid publicadas em 1850. Não deixa de ser curiosa esta diferença entre Portugal e Espanha. Em Portugal, as humanidades oriundas das Artes Liberais são simbolizadas pelo azul escuro, enquanto que em Espanha prevalece o azul claro. Em Portugal, as ciências naturais e matemáticas, que se autonomizaram das Artes Liberais, adotam o azul claro, correspondendo em Espanha esta cor ao azul escuro.