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sábado, 25 de fevereiro de 2012

O barrete indiano do Cardeal Alencherry

Aspeto da copa semi-esférica, abas exteriores, revestimento em seda moiré escarlate (quatro gomos na copa) e cruz superior. Coleção Dieter Philippi

Imposição do barrete ao Cardeal Mar Alencherry pelo Papa Bento XVI, Vaticano, após o consistório de 18.2.2012.
O meu bom amigo Dieter Phillipi teve a amabilidade de chamar a atenção para as fotografias da insigniação que evidenciam neste cardeal indiano duas importantes fugas ao modelo romano convencional: o barrete com copa em calote, abas levantadas formando quatro cristas tipo mitra e aplicação de cruz-ornato no centro da copa (exato, o mesmo esquema do antigo barrete doutoral ibérico, ainda hoje sobrevivente em Coimbra); traje talar duplo, composto por batina branca com faixa escarlate e chamarra escarlate de mangas de boca de sino [e agora meu caro Diogo, em que ponto fica a nossa conversa sobre os hábitos talares?].
Fotografias e filme em PHILIPPI COLLECTION:

Cerimonial Universitário. Caxias do Sul: Universidade de Caxias do Sul, s/d, coordenação de Maria Lúcia Bettega, 54 p.
Manual constituído por 10 capítulos, referências e anexos. Não conhecemos um modelo ideal de regulamento ou manual do cerimonial universitário. Estes podem ser escritos em latim ou nas línguas nacionais. Há universidades que regulam o cerimonial por fontes escritas (antigos estatutos), legislação avulsa e estilos orais. As mais recentes estão a optar pela produção de guias sintéticos, subdivididos em cadernos temáticos, em edição analógica e eletrónica. Um bom manual de cerimonial académico é aquele que consegue consagrar em linguagem compreensível a regulação de todas as matérias que a universidade considera importantes para a construção da sua identidade e promoção da sua imagem junto da comunidade e dos potenciais clientes. De todas as abordagens conhecidas, atendendo aos bons resultados, considero metodologia adequeada a que tem sido utilizada pelos gabinestes de protocolo das universidades espanholas afiliadas na AEIPU. Um manual deve ser "amigável", sedutor, acompanhado de imagens de suporte, desenhos e esquemas demonstrativos, de um vocabulário técnico conciso e rigoroso, prevendo mecanismos de revisão/atualização e incluindo uma mensagem de apresentação onde constem a missão, a visão e os valores da instituição, bem como o comprometimento da reitoria.

No manual da UCS são tratadas as seguintes matérias:

1 - O cerimonial: o que é o cerimonial, a realização de um evento, o planejamento do evento, assuntos que devam ter a participação da Assessoria de Comunicação, atribuições do Setor de Relações Públicas da Assessoria de Comunicação, assuntos que devam ter a participação da Assessoria de Assuntos Internacionais, tipo de apoio prestado pela ASAI;
2 - Preparação: planejar e providenciar todas as necessidades;
3 - Tipos de eventos: classificação de eventos (reunião, aula magna, etc), dicas para a realização dos eventos;
4 - Divulgação: formas de comunicação/divulgação do evento; convites;
5 - Realização: local, mesa, assentos, receção de autoridades, ordem geral de precedência, formas de tratamento, mesa de honra;
6 - Pronunciamentos: discursos;
7 - Trajes: tipo de trajes;
8 - Símbolos nacionais: bandeira, hino, armas, selo;
9 - Etiqueta social: visitas ilustres e oficiais, chegada, despedida, apresentações, cumprimento/aperto de mão, escadas/elevador; a etiqueta das comunicações;
10 - Comemorações importantes na UCS;
Referências: legislação e bibliografia especializada;
Anexos: Regimento Geral da UCS; Hino Nacional Brasileiro (letra e autorias); Hino do Estado do Rio Grande do Sul; Hino de Caxias do Sul, [roteiro de] Entrega do Título de Doutor Honoris Causa (...); Precedência interna

A autora:
A Professora Maria Lúcia Bettega é mestre em Letras e Cultura Regional pela Universidade de Caxias do Sul – UCS, com o trabalho intitulado: O casamento como manifestação de uma cultura: o caso de Nova Palmira. Atualmente é aluna especial do doutorado em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atua como professora do Centro de Comunicação da UCS além de ser idealizadora e coordenadora da Especialização em Gestão do Cerimonial e do MBA em Cultura Organizacional e Comunicação com o Mercado, ambos pela UCS. Contato: primiero@terra.com.br.
Agradecimento: agradeço à Prof. Maria Lúcia Bettega a oferta de um exemplar do manual em 26.1.2010. Publicou neste blog, em 2.3.2010 o texto «Cerimonial universitário. Três modalidades de colação de grau».

Manual de Formaturas da Universidade de Caxias do Sul. Caxias do Sul: Publicação da Universidade de Caxias do Sul/Assessoria de Comunicação/sd, 54 p., coordenação de Maria Lúcia Bettega

A UCS tem polos em Bento Gonçalves/Região de Vinhedos, Vacaria, Farroupilha, Canela, Prata, Guaporé, Vale de Caí e Veranópolis, sendo seu lema "Pés na região, olhos no mundo". Manual de vincada utilidade, sentido prático e consciência da importância que o cerimonial académico tem na construção e reforço da imagem da instituição.
São tratadas, abreviadamente, as seguintes matérias:

1-Significado da solenidade da colação do grau: fundamentação do ato e significado atribuído ao juramento, diploma, toga, barrete e faixa;
2 - Simbologia das cores no cerimonial universitário: significado das cores de cada uma das áreas do saber. Informação adicional sobre o símbolo de cada curso/ou profissão, cor da pedra do anel de curso e dia dedicado à profissão;
3 - Juramentos: fórmula do juramento para os bacharelatos e licenciaturas;
4 - Regulamento das solenidades de colação de grau e de entrega de certificado: inclui informação sobre a outorga do grau, o ato, a organização dos espaços, os requisitos exigidos e as três modalidades de colação (solene, solene integral, em gabinete);
5 - Aspetos protocolares para a colação de grau solene: carateriza o ato e fornece informação sobre o paraninfo, o patrono, o orador, os discursos, a precedência entre cursos, os convites;
6 - Aspetos protocolares para a colação de grau solene integral e de gabinete
7 - Roteiro de colação de grau solene: disposições sobre a leitura da ata, o juramento, a entrega do diploma, a música, os hinos nacional e Rio-Grandense, o local da solenidade, o palco da formatura, o ensaio do ato, as fotografias e filmagens, o quadro da formatura (fotografia de curso);
8 - Aspetos económicos: dados relativos às despesas com a cerimónia;
9 - Aspetos sociais e religiosos: a UCS reconhece aos estudantes liberdade para organizarem missa, baile, jantar, entre outros;
10 - Aspetos académicos: informação sobre procedimentos administrativos;
11 - Solenidade de formatura dos cursos sequenciais: refere-se a procedimentos relativos a alunos de cursos superiores de formação específica e de complementação de estudos.

Agradeço à Prof. Maria Lúcia Bettega a oferta de um exemplar deste manual

A vida como um filme. Fama e celebridade no século XXI. Lisboa: Texto: 2011, obra coordenada por Eduardo Cintra Torres e José Pedro Zúquete, apresentada em Lisboa em 2011
O livro reune estudos interdisciplinares assinados por Jamil Dakhlia (A peopolização política ou a cultura da celebridade em versão francesa), Paul Hollander (A cultura da celebridade americana, a modernidade e a decadência), Eduardo Cintra Torres (Televisão. A celebridade em estado natural), Fabiana Moraes e Maria Eduarda da Mota Rocha (Tão perto, tão longe. O cotidiano encantado dos famosos na revista Caras brasileira), Martin Conboy (Celebridade na cultura tablóide britânica), Mart Stefon (The dogs on Main Street Howl... Bruce Springsteen, sonhos americanos e os laços que os unem), Ana Jorge (Celebridades e jovens em Portugal. Da televisão aos novos media), Maria Claudia Coelho (O dilema do fã. A experiência emocional da idolatria), e Paulo Unhas (Fama e tempo).
Leitura aconselhável aos alunos dos cursos de marketing, relações públicas, protocolo e cerimonial. Aconselhável em Ciências da Educação e estágios como leitura muito útil para professores em funções de diretores de turma quando elaboram os diagnósticos de turma e procuram traçar o perfil de aspirações profissionais dos seus alunos. Deve ser lido pelo cerimonialista como um exercício reflexivo sobre como lidar com o deslumbramento mediático dos titulares de cargos e políticos popstar, sem meter no armário o código de ética dos profissionais da área. Relativamente a Portugal, o livro poderia ter incluído um study case sobre o primeiro ministro do XVII governo que incarnou pela primeira vez na prática política pósmoderna a figura do político popstar.
A completar esta leitura, e tendo em conta o diálogo com os meus amigos cerimonialistas brasileiros, leia-se com proveito:

CARDOSO, Letícia Conceição Martins - «A política de pop stars. O poder da personalidade no Governo de Roseana Sarney». São Luís: Universidade Federal do Maranhão, III Jornada Internacional de Políticas Públicas, 28 a 30 de agosto de 2007, pp. 1-10, http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIIIhtm/4d176a60b4f7f2fc4417Leticia%20Martins%20Cardoso.pdf.
COSTA, Thiago Ramires da - «A construção do popstar. A figura estratégica do ídolo das massas na indústria cultural». São Paulo: Universidade de São Paulo, Revista ANAGRAMA, ano 3, edição 2, Dez 2009-Fev 2010, pp. 1-15, http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/anagrama/article/

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Alfredo Rocha Peixoto (1904)

Na morte de Alfredo Filgueiras da Rocha Peixoto (1848-1904). Retrato com hábito talar e insígnias doutorais na cor da Faculdade de Matemática (azul claro e branco) da, tendo estas insígnias a peculiaridade do uso do emblema da Matemática cosido na sobremurça do capelo. Batina com os botõezinhos da carcela espaçados, como que a confirmar o mesmo modelo de batina/túnica usada por Venceslau de Lima.

Na morte de Alfredo Rocha Peixoto (Ponte de Lima, 1848; Coimbra, 1904)
Doutorado em Matemática em 4.3.1872, estudou e leccionou na Universidade de Coimbra. Na notícia supra pode ler-se a oração de despedida proferida na estação ferroviária de Coimbra por Bernardino Machado, em 3.8.1904, tendo o féretro seguido para Viana do Castelo.
O cerimonial fúnebre tinha e continua a ter expressão própria na Universidade de Coimbra, sendo organizado em conformidade com os estilos orais: declaração oficial de luto pela Reitoria, seguida de bandeira a meia haste e dobres de finados; velório na capela da Universidade, com o amortalhado em hábito talar; exposição do barrete doutoral em credência; guarda de honra pelo corpo de archeiros; cortejo académico fúnebre; transporte do barrete académico do falecido pelo lente mais novo da sua Faculdade; oração fúnebre no local da inumação pelo diretor da Faculdade.
Fonte: O Occidente n.º 923, de 20.8.1904

Retrato de Hygino de Sousa (Barrancos, 1862; Lisboa, 1904), antigo aluno e membro do corpo docente da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa. Toga de alamares e barrete.
Fonte: O Occidente n.º 922, de 10.8.1904

Tuna do Lyceu Politechnico (1904)

Notícia sobre a Tuna do Lyceu Politechnico de Lisboa (2): fotografia do agrupamento. Indumentária masculina civil urbana.

Notícia sobre a Tuna do Lyceu Politechnico de Lisboa (2), fundada em 1901, numa época em que coexistiu com tunas ativas no Colégio Militar, Escola Académica (ensino privado), Escola Politécnica e Escola Médico-Cirúrgica.Fonte: O Occidente n.º 921, de 30.7.1904

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Imagens da Agrária de Coimbra (1904)

Memória da Agrária (1)

Memória da Agrária (2)

Memória da Agrária (3)
Pavilhões funcionais do picadeiro e dos estábulos da Escola Prática Central de Agricultura de Coimbra, instituição sucedida pela ESA de Coimbra.
A identidade ESA, hodiernamente integrada do Instituto Politécnico de Coimbra, marcou profundamente o imaginário local, seja em termos de construção de práticas culturais específicas, seja pelas relações de boa vizinhança mantidas com os estudantes da universidade local. A Agrária deu à Académica bons futebolistas e tem sido desde as origens uma "eterna" convidada de honra do cortejo alegórico da Queima das Fitas.
De acordo com os dados disponíveis, as raízes da Escola Prática Central de Agricultura entroncam na Quinta Regional de Sintra que foi criada por Decreto de 10.9.1862. Esta escola foi transferida para o lugar da Bencanta, na margem sul do Mondego em 1886-1887. Em 1891 a escola estabelecida em Coimbra foi "desdobrada", originando a Escola de Regentes Agrícolas Morais Soares, de Santarém.
Os estudantes da Universidade de Coimbra, conhecidos por "sacas de carvão", chamavam aos seus vizinhos da Agrária "broeiros" (=comedores de broa), "charruas" e "esterqueiros", tendo estabelecido que de meio da ponte de Santa Clara para sul não exercia a Academia qualquer praxe, pois que ali era a raia praxística dos charruas. Território delimitado, e relacionando-se bem com os estudantes da Agrária, os universitários não deixavam de soltar entre dentes o célebre "Santa Clara menos bem canta".
Por regulamento, e também porque havia internato, um charrua tinha no enxoval duas fatiotas. O traje de trabalho, composto por botas de couro de cano alto, calças de ganga, "blusa" de ganga e boné, à "farmer" (lenço vermelho ao pescoço). O traje de festa, de pano escuro, semelhante ao dos lavradores abastados, que nalguns casos era completado com capote.
Muito cedo, e por influência da cultura universitária, os primeiros cursos adotaram uma pasta de ganga e fitas em branco (a cor do leite) e verde (a cor da erva).
Esquecidos os antigos trajes, na década de 1980 os estudantes da ESA usaram capa e batina. Por 1990-1991 aprovaram um traje de equitação, tendo sido um dos mentores o Luís de Matos que viria a dar em mágico afamado.
Fonte: O Occidente n.º 920, de 20.7.1904

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Estudantes da Universidade de Coimbra que tomaram parte na récita de despedida dos quintanistas "Do sonho à realidade". A capa e batina nos seus últimos anos de obrigatoriedade, com propostas para todos os gostos: capa enrolada no colarinho, batina abotoada e camisa de colarinhos espichados, batina semidesabotoada e capa lançada no braço esquerdo, batina com plastron farfalhudo.
Persistência do convencional número de travestis, recaindo em divas da ópera e no estafado número das tricanas. Para os mais desprevenidos, os trajes das tricanas com os xailes traçados e a talha da água já estavam caídos em desuso, correspondendo a modas e gostos das décadas de 1880-1890.
A récita foi a mais vistosa e importante festa académica do século XIX. Perderia alguma importância nos anos da 1.ª República para, finalmente subsistir muito diluída numa outra festa, a Queima das Fitas dos alunos do 4.º ano. Fora de Coimbra, influenciou récitas levadas a cabo em liceus e em alguns estabelecimentos de  ensino superior.
Que ingredientes programáticos tinha uma "récita de quintanistas" da idade clássica?

-(eventual) banquete/jantar de curso
-serenata fluvial no Mondego
-cortejo de archotes
-representação de uma peça cómico-satírica de costumes (revista)
-hino do curso (décadas de 1870-1880), e ulteriormente balada de despedida (1892 e ss.) e fado de despedida (1901 e ss.)
-declamação de poemas em homenagem ao curso
-champanhe de honra
-carta fotográfica de curso (década de 1860), seguindo-se álbum fotográfico de curso e livro de caricaturas
Fonte: O Occidente n.º 912, de 30.4.1904

O rei D. Carlos Carlos inaugura a linha de caminho de ferro de Setil a Vendas Novas
Fonte: O Occidente n.º 902, de 20.1.1904

Apontamentos da inauguração do monumento ao escritor Eça de Queirós em Lisboa a 9.11.1903. Projeto da autoria do escultor Teixeira Lopes
Um evento de marcada simplicidade, a que ficou associada na memória oral a aderência entusiástica das prostitutas de Lisboa.
Fonte: O Occidente n.º 896, de 20.11.1903

O Papa Bento XVI preside ao ato inaugural de abertura do ano académico na Universidade Católica do Sagrado Coração, Roma, 25.11.2005
Confirmando a tradição, nos paraninfos das universidades históricas e dos tribunais superiores (incluindo as audiências eclesiásticas) não havia mesa de presidência. Os mais altos dignitários sentavam-se no topo do recinto (igreja, salão, capela, teatro) em cadeiras destacadas sobre estrado de degraus e delimitadas por baldaquinos. Geralmente dois dignitários, o chanceler (no caso vertente, o chanceler será o Papa?) e o reitor, dispositivo que evitava melindres entre autoridades e convidados, pois estes já sabiam de antemão que teriam de sentar-se nos bancos e tribunas que lhes estavam destinados fora do paraninfo. Que espaços eram esses? Em primeiro lugar, o topo da sala, dispondo-se à direita e à esquerda da presidência, mas em assentos distintos, os convidados de honra. Em segundo lugar as tribunas. Em terceiro lugar o espaço reservado entre o meio da sala e o paraninfo, segmentado por uma teia ou balaustrada. Parece demasiado convencional? Admitamos que sim. Mas resolve muitos problemas protocolares, desde logo porque neutraliza o namoro que alguns dos convidados costumam fazer às mesas de presidência, a qual nalguns casos fica excessivamente saturada com ocupantes, obrigando a desterrar para as extremidades os anfitriões e a oferecer os melhores lugares aos representantes do Poder Executivo. Nestas questões aconselha-se muito o recurso ao bom senso, mas não há dúvida que para lá do que dizem as leis (as de precedências costumam ser feitas à medida do principal interessado) a regra clássica é que o dono da casa manda na sua casa.
Fonte: The Pope Benedict Forum, http://theratzinger.forum.yuku.com/

O Papa Pio XI preside pela segunda vez ao ato inaugural de abertura do ano académico na Academia Pontifícia das Ciências, Roma, 1938. Exemplo de uma cerimónia académica distinta do cerimonial universitário.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Visita do rei de Espanha, Afonso XIII, a Portugal. Conclusão (1903)

Afonso XIII (1)

Afonso XIII (2)

Afonso XIII (3)

Afonso XIII (4): visita oficial a Portugal em dezembro de 1903. Conclusão da foto-reportagem
Fonte: O Occidente n.º 900, de 30.12.1903