quarta-feira, 13 de junho de 2012

Retrato do eclesiástico espanhol Josep Maria Navarro i Darás (Carcaixent, 1845-?), padre em 1870, doutor em Teologia (1872) e em Cânones (1880) e bacharel em Artes Liberais. Veste batina romana com canhões avivados, faixa, murça doutoral e barrete octogonal. Cana ou bastão na mão, insígnia dos prelados e reitores espanhóis. Na cultura católica romana, a cana era de porte obrigatório com o hábito curto.
Três comentários: 1) o retratado combina o hábito talar romano com as insígnias académicas, o que está certo na cultura académica ibérica, mas omite a capa talar, liberdade que a rubrica romana não autorizava; b) quanto ao capelo (muceta de capuz) está tudo muito certo, mas o barrete que se vê apresenta borla curta, própria para bacharéis e licenciados, ao invés da borla laureada que é distintiva dos doutores; c) não há sinais de que misture nas insígnias as cores das ciências em que obtivera os graus.
Este tipo de incongruências poderia estar mais generalizado do que se pensa em finais do século XIX e inícios do século XX. Sem querer forçar a nota, os retratos dos reitores e decanos da Universidade de Zaragoza confirmam o mesmo tipo de desacertos sinalizados no retrato de Darás.
Fonte: http://antoniosabatermina.globered.com/categoria.asp?idcat=35.

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