segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O Papa Bento XVI preside ao ato inaugural de abertura do ano académico na Universidade Católica do Sagrado Coração, Roma, 25.11.2005
Confirmando a tradição, nos paraninfos das universidades históricas e dos tribunais superiores (incluindo as audiências eclesiásticas) não havia mesa de presidência. Os mais altos dignitários sentavam-se no topo do recinto (igreja, salão, capela, teatro) em cadeiras destacadas sobre estrado de degraus e delimitadas por baldaquinos. Geralmente dois dignitários, o chanceler (no caso vertente, o chanceler será o Papa?) e o reitor, dispositivo que evitava melindres entre autoridades e convidados, pois estes já sabiam de antemão que teriam de sentar-se nos bancos e tribunas que lhes estavam destinados fora do paraninfo. Que espaços eram esses? Em primeiro lugar, o topo da sala, dispondo-se à direita e à esquerda da presidência, mas em assentos distintos, os convidados de honra. Em segundo lugar as tribunas. Em terceiro lugar o espaço reservado entre o meio da sala e o paraninfo, segmentado por uma teia ou balaustrada. Parece demasiado convencional? Admitamos que sim. Mas resolve muitos problemas protocolares, desde logo porque neutraliza o namoro que alguns dos convidados costumam fazer às mesas de presidência, a qual nalguns casos fica excessivamente saturada com ocupantes, obrigando a desterrar para as extremidades os anfitriões e a oferecer os melhores lugares aos representantes do Poder Executivo. Nestas questões aconselha-se muito o recurso ao bom senso, mas não há dúvida que para lá do que dizem as leis (as de precedências costumam ser feitas à medida do principal interessado) a regra clássica é que o dono da casa manda na sua casa.
Fonte: The Pope Benedict Forum, http://theratzinger.forum.yuku.com/

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