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sábado, 2 de abril de 2011
Mais charameleiros
Na actualidade apenas as universidades de Coimbra e de Salamanca continuam a utilizar tocadores de charamelas e de trombetas nas grandes solenidades. A tradição também existiu nas universidades italianas mas caiu em desuso. Em algumas universidades anglo-saxónias os cortejos académicos são abertos por gaiteiros.
Aguardando a saída do préstito na Biblioteca Joanina
Conforme documenta a fotografia, na variante feminina, a frock coat tem evoluído de casaca singela para uma meia-casaca embainhada pela meia-coxa, dando razão ao comentário feito por José Ramalho Ortigão quando constatou que a batina escolar redundara em insípido "casaco gebo e mestiço de padre à paisana".
Não se pode mudar a história. O que está está, mas pena é que a UC não tenha secundado as universidades francesas, espanholas e italianas que adoptaram no século XIX as togas judiciárias.
No ponto a que chegou, a frock coat não tem valor estético, nem patrimonial, nem capacidade de ombrear com a riqueza das insígnias doutorais. Mais vale ter coragem para abolir este traje cujo figurino é pobre e acanhado, mantendo a capa, e substituindo a casaca por uma toga talar digna e funcional.
Corpo dos archeiros com grande uniforme napoleónico e alabardas
O uniforme, reformado logo após a implantação da República em Portugal, evidencia sinais de erosão: acentuado encurtamento das abas da casaca, cuja bainha subiu da linha do joelho para a meia perna formando uma espécie de minisaia; o desaparecimento das meias brancas de seda, agora em preto ordinário; o desaparecimento do bicórnio.