sábado, 10 de dezembro de 2011

A Tuna Universitária Compostelana fotografado no Porto pelo carnaval de 1888
Em fevereiro de 1888 a Tuna Compostelana deslocou-se em digressão a Coimbra, Porto e Lisboa. Durante a estadia em Coimbra os tunos participaram num sarau no teatro Académico (logo após o ministro Emídio Navarro mandou demolir o teatro preventivamente, pois que o Baquet do Porto fora consumido por violento incêndio), numa velada fluvial no Mondego e desfilaram ruidosamente pelas ruas. Seguiram para o Porto, cidade onde foram recebidos euforicamente por agremiações civis e estudantes. O périplo incluiu participação nas festas de carnaval realizadas em Lisboa, nomeadamente no cortejo de carros alegóricos e na batalha das flores [batalha das flores era uma simulação carnavalesca de uma luta, com desfile de carruagens enfeitadas com flores, verduras e bandeiras, cujos ocupantes lançavam confetis, serpentinas, bolas de cera cheias de água e esgichos de seringa. Fazia-se em Itália, França, Lisboa, Guimarães, Ponta Delgada, e em Coimbra acabou por servir de imagem de marca ao cortejo alegórico da Queima das Fitas. Na primeira metade da década de 1980 ainda conheci em Ponta Delgada resquícios da batalha das flores, com foliões que se degladiavam na marginal e lançavam saraivadas de "limas", que eram bolinhas de cera cheias de água].
Esta tuna é considerada a matria e madrinha das tunas académicas que a partir de 1888 se organizaram com carácter duradouro em Coimbra, Lisboa, Porto, e logo após na maior parte dos liceus.
Fonte: O Occidente n.º 331, de 1.3.1888

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