sábado, 11 de dezembro de 2010


Aproveitamos para publicar imagens fotográficas de grande rigor informativo sobre o hábito ordinário (hábito privado, hábito doméstico, abito corto, abatina, batina escolástica), usado pelos clérigos romanos e anglicanos na Europa e nos territórios ultramarinos entre ca. 1660 e o final da Grande Guerra.
Trata-se um traje à base de tricórnio de feltro, casaca embainhada entre a meia perna e o joelho e meia capa, complementado este por volta, cabeção ou colete, meias altas de seda, calções de alçapão e sapatos pretos de fivela.
Ao primeiro olhar, a casaca tem um parecer de batina romana. Uma análise mais detalhada confirma diferenças ao nível dos bolsos metidos, da carcela e do feitio das costas que segue sempre o talhe do redingote.
Este mesmo modelo foi vulgarizado pelos estudantes da Universidade de Coimbra, estando documentado em imagens produzidas entre as décadas de 1830 a 1860. O modelo académico estudantil comportava variantes: tecidos pretos como a sarja e o merino, que não o cetim nem a seda; panos frontais inteiriços, sem costuras horizontais pelo baixo-ventre; forro vulgar, de axadrezado; carcela a toda a altura da costura vertical dianteira; situações de extremo cintamento (ca. 1848 a 1855), de que resultava a sempre criticada exibição das ancas.
A fotografia documenta um comendador do Espírito Santo, não identificado, que habitou em Roma.
Fonte: fotografias do período 1850-1880 divulgadas por Maurizio Bettoja, no artigo Clerical dress in the City of Rome..., disponível em http://www.freerepublica.com/focus/religion/2587265/posts, e em http://www.newliturgicalmovement.org/2010/09/clerical-dress-in-city-of-rome-in-the-19th_10.html; as restantes gravuras, editadas no mesmo local, são extraídas da obra Collectio legum et ordinationum de recta studiorum, Roma, 1827.

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