quinta-feira, 10 de junho de 2010


Graduado em Sagrada Teologia
Universidade espanhola não identificada, inícios do século XX. O diplomado enverga hábito talar romano (capa e batina talares), murça de cetim branco, volta branca e barrete octavado preto encimado por borla de seda branca.
Não obstante as reformas levadas a cabo em 1850 e 1859, que vieram consagrar a toga judiciária nas universidades, os eclesiásticos detentores de graus académicos mantiveram o antigo costume do porte do hábito religioso. Melhor dito, na Univ. de Coimbra, nas universidades católicas de Roma e nas universidades espanholas os clérigos podem optar pelo uso do hábito talar romano e este é considerado para todos os efeitos traje académico. Apesar de no século XIX e primeiro quartel do século XX se ter tentado conferir idêntico estatuto aos uniformes militares, esta solução não chegou a colher legitimidade bastante. Em Coimbra, a situação é regulada pelos antigos estatutos, enquanto que em Espanha a matéria está tratada no Real Decreto 146/1930, de 10 de Janeiro.
O barrete exibido na fotografia é o autorizado desde 1859 para bacharéis e licenciados: oito faces forradas de preto e borla central comedida. Deve ser do tipo pompom, com cerca de 2cm de diâmetro, reservando-se a borla grande e as franjas ou láureas para os doutores. Um pouco mais de atenção aos pormenores revela que se trata do mesmo modelo usado pelos advogados espanhóis e pelos docentes da antiga Escola Médico-Cirúrgica do Porto.

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