sábado, 15 de maio de 2010


Retrato do médico Augusto de Almeida Monjardino (1871-1941), diplomado pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, docente da FM/UL e reitor da instituição
(fonte: http://clubedohistoriador.blogspot.com/, por Aníbal Oliveira, 11.04.2010)
Trata-se da toga de lã preta adoptada oficialmente pela Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa em 1856, que viria a sobreviver na Faculdade de Medicina da UL após 1915. Na Médico-Círúrgica, a toga tinha estatuto de pequeno uniforme, ou seja, era uma farda de porte diário. O uniforme de gala era a farda napoleónica de corte direito, com casaca, bicórnio e espadim. Nesta fotografia, Monjardino exibe luvas brancas, papillon branco e um barrete que parece corresponder ao modelo consagrado na Médico-Cirúrgica do Porto (poligonal octavado), pois o lisboeta era redondo e encimado por quatro cristas e pompom.
Com esta toga se usaram meias pretas de seda e sapatos pretos de fivela de prata, acessórios que o tempo deliu. O plastron branco, ou lacinho, nos trajes que o admitem, era a única cor protocolarmente admitida e ainda hoje assim é no que respeita à grande casaca preta de cerimónia e aos hábitos talares de universidades da Holanda, Salamanca, Oxford e Cambridge.
Na Universidade de Coimbra, o hábito dos lentes não admite gravata alguma. O plastron é usado pelos funcionários no grande uniforme e o papillon pelos archeiros. Os estudantes usam sempre gravata ou papillon pretos, generalização abusiva do protocolo associado ao modo de vestir o smoking. Não é o que acontece em Oxford, Cambridge ou Saint Andrews onde a toga de gala dos estudantes admite apenas papillon ou plastron brancos.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial