domingo, 14 de março de 2010

Valborg: o reitor, membros do corpo docente e estudantes numa varanda da universidade durante os festejos estudantis anuais.
Em Uppsala, como noutras universidade, a gestão cultural integrada e as estratégias de promoção da imagem institucional implicam uma estreita articulação da programação cultural com as organizações estudantis.
Em Coimbra, só verdadeiramente no reitorado de Fernando Seabra Santos é que a casa reitoral começou a esboçar uma programação cultural integrada. Embora se notassem algumas tímidas presenças da casa reitoral na época de Ferrer Correia, Rui Alarcão, a verdade é que as iniciativas estudantis eram programadas e realizadas como se os encontros de tunas, os encontros internacionais de coros, a queima das fitas ou mesmo a festa das latas e imposição de insígnias pertencessem a organizações que nada tinham que ver com a universidade.
O sentido de autonomia corporativa cultivado pelos estudantes (muitas vezes como contra-cultura) não ajudava muito e as equipas reitorais não estavam dispostas a arriscar um possível enxovalho.
Bem lá no fundo ainda persistia muito vivo aquele entendimento que vinha dos tempos dos reitores João Duarte de Oliveira e Maximino Correia que via as repúblicas, as serenatas e a queima das fitas como "coisas de estudantes", como uma espécie de parque jurássico extravagante tolerado pelas elites.

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