sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


Bolonha: lectio doctoralis proferida por Glashow (2.10.2006). Em pano de fundo avista-se o estandarte oferecido à Alma Mater Studiorum Bononiensis em 1888.
Na maior parte das universidades onde se realizam doutoramentos honoris causa, o laureado profere uma lição que é parte integrante do rito de investidura. Por estranho que possa parecer, isto não acontece em Coimbra, instituição onde o laureado é elogiado e se limita a solicitar o grau ao Cancelário Reitor com uma breve frase latina. Trata-se evidentemente de uma má interpretação estatutária, assumida em 1916, quando se restaurou o cerimonial após a sua suspensão pela Revolução Republicana de 5.10.1910. As regras do cerimonial conimbricense são bem claras em todos os estatutos, postulando que os candidatos à colação do grau de doutor tinham de proferir pelo menos uma lição perante um júri. Mas este aspecto do cerimonial conimbricense não foi revisto após a retoma dos doutoramentos honoris causa (1978 e ss.), inércia que configura um desrespeito pelas normas estatutárias e para com os homenageados.

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