sexta-feira, 28 de agosto de 2009


Outra peça de indumentária regional que conseguiu escapar às purgas da moda urbana foi o capote alentejano, que a par do gabão da Beira Litoral e da capa de honras de Miranda configura uma das mais notáveis peças do vestuário regional português.
A sobreviência deste tipo de peças possibilita perceber até que ponto outros conjuntos vestimentários portugueses foram alvo de simplificação ou de degradação. Em 1888, José Ramalho Ortigão intentou um confronto estético entre este tipo de traje de honra ou de festa e aquilo em que se tinha vindo a tornar a capa e batina de Coimbra. Assumindo um discurso propositadamente burlesco e conservador, Ramalho conclui dizendo que em sua opinião o traje académico deixara de ser um traje de festa ou de honra. Que a Ramalho assistia alguma pertinência, viriam a demonstrá-lo os postais turísticos ilustrados e alguma cerâmica kitsch.

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