À medida que sobe de tom a voz dos estudantes de Coimbra contra o uniforme imposto pela universidade em que se encontram matriculados, com um crescendo de alterações morfológicas que só estabilizarão após 1910, os etnólogos começam a "descobrir" alguns trajes regionais de festa.
Um dos mais notáveis pela riqueza ornamental é a capa de honras do município de Miranda do Douro. Ao contrário das mantilhas, biocos, cocas e capa e batina, a capa de honras embeveceu os etnólogos, seduziu os pintores e maravilhou os literatos. Eis o exemplo de uma peça de indumentária que sobreviveu à normalização imposta pela moda burguesa urbana e conseguiu transformar-se num autêntico ex-libris patrimonial.
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