sexta-feira, 2 de janeiro de 2009


Desporto em Harvard
Notícia de actividades desportivas em 1889. A partir da década de 1850, as regatas interuniversitárias e os campeonatos de baseball sofreram enorme incremento nas universidades norte-americanas. No final do século XIX o desporto universitário mobilizava grande número de praticantes femininas. Poucos estabelecimentos de ensino superior europeus se podiam vangloriar de possuir infra-estruturas de ocupação de tempos livres como as dos estudantes norte-americanos, nas quais se incluíam ginásios, tanques de treino de remo e pistas fluviais. Contudo, vale a pena lembrar as pistas fluviais a serviço dos alunos de Oxford e Cambridge, os clubes de esgrima dos estudantes alemães, suiços e austríacos, os ginásios e picadeiros dos académicos de Uppsala, o Teatro Académico dos escolares de Coimbra e os picadeiros de equitação dos alunos das escolas portuguesas de agricultura. Comparando as escolas civis portuguesas com as escolas militares, conclui-se que os estabelecimentos de ensino militares portugueses estavam bem melhor apetrechados, seguindo de alguma forma a tradição curricular que fora ensaiada no Real Colégio dos Nobres.
Em Coimbra, os desportos escolares eram actividades exclusivamente masculinas. Ao longo da segunda metade do século XIX sucederam-se agremiações mais ou menos efémeras de esgrima, levantamento de pesos, natação no Mondego, caçadas nos bosques dos arredores da cidade e burricadas ao Buçaco. Na década de 1890 a Associação Académica aproveita a devoluta igreja do Colégio da Trindade para manter um amplo e bem apetrechado ginásio. Nos alvores do século XX, equipas de amadores jogam futebol nas dunas do Mondego e na Praça da República. Em finais de 1910, o Reitor Manuel de Arriaga promove a terraplanagem de um campo de ténis na horta da Casa Reitoral, actividade aristocrática que não consegue competir com a popularidade emergente do futebol.

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