sábado, 24 de janeiro de 2009


Capote e cartola
Indumentária masculina urbana europeia do primeiro quartel do século XIX. A casaca preta à francesa tende a generalizar-se após a Revolução de 1789 em cidades como Paris, Londres e Nova York. Associada a esta indumentária masculina, generalizam-se a cartola de feltro preta e o capote, aqui com romeira, gola de pelo e alamares, mas sem mangas.
Em Portugal, o capote teve larga generalização nos meios rurais e urbanos. Na versão lisboeta, muito usada por mulheres, tinha mangas incorporadas e era conhecido por "josezinho". No Alentejo, originou uma variante rica, com dupla romeira (capote alentejano). Escritores, literatos e políticos como Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho, Almeida Garrett e José Estêvão usaram-no com gola de pelo e mangas. Na Ilha do Pico ou na aldeia de Rio de Onor assumia ares de capa de lã com romeira a descer aos cotovelos.
O capote de mangas e romeira não é propriamente muito antigo, derivando dos agasalhos militares do exército napoleónico. Por vezes aparece confundido com o gabão ou varino, peça de vestuário masculina oriunda da Idade Média usada nos funerais régios europeus, letrados ibéricos ("ropa") e gentes de posses, que em Portugal chegou ao primeiro quartel do século XX.

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