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domingo, 15 de junho de 2008


Maça da Universidade de Indiana
Reprodução da maça da University of Indiana, EUA, fabricada em 1949. As universidades norte-americanas possibilitam informação interessante sobre a evolução do protocolo e insígnias. Enquanto na Europa Continental a ideia de progresso/vanguarda proposta pelas elites universitárias se mostrava partidária do abolicionismo, associando de forma redutora e distorcida rituais, insígnias e trajes profissionais a paradigmas reaccionários, nos EUA viveu-se movimento de sentido inverso. A partir de meados da década de 1890, as universidades norte-americanas adoptaram trajes de raíz britânica para utentes masculinos e femininos, começaram a praticar as formaturas colectivas (graduation ceremony) e iniciaram uma corrida às maças distintivas, reciclando em proveito próprio insígnias medievais que as universidades históricas estavam a rejeitar ou a abandonar (França, Itália). Como reinvenção de tradições que é, este movimento (ainda em aberto) escolhe e consagra uma maça única para representar a totalidade da instituição de ensino superior, insígnia que é de imediato transformada em instrumento de marketing e aproveitada para consolidar a imagem de credibilidade junto do grande público.
O caso norte-americano aproxima-se mais do figurino britânico e seus antigos domínios, territórios onde o abolicionismo continental nunca chegou a conhecer credibilidade suficiente para conquistar as elites.