Virtual Memories

sábado, 29 de março de 2008

Mazzieri Pontifici
Fotografia documentando o extinto Colégio dos Maceiros da Casa Papal. O trajo é constituído por vestes renascencistas dos primeiros anos do século XVI (ca. 1500-1530), salvo a gola de canudos e os sapatos que são dos finais da centúria de quinhentos. As maças de prata e os pelotes despojados de mangas aqui presentes já aparecem numa gravura alusiva à coroação do Imperador Romano-Germânico Carlos V.
[http://www.cattoliciromani.com/forum/showtread.php/mazzieri_pontifici-2058.html?t=2058; http://thenewliturgicalmovement.blogspot.com/2007/12/public-consistory-i.html]


Porta-Maças, Porta-Canas e Hostiários papais
Solene entrada equestre de Carlos V e do Papa Clemente VII em Bolonha, que antecedeu a coroação daquele imperador em 24 de Fevereiro de 1530. Reflectindo as incorporações da representação do poder na época medieval e renascentista, esta obra ilustrada, actualmente nas raridades da British Library, confirma a herança dos triunfos do antigo Império Romano.
À semelhança dos processos de codificação da etiqueta e do cerimonial ocorridos nas casas reais europeias, de que é exemplo a Grã-Bretanha, a Casa Papal instituíu os oficiais maceiros no século XII. Este corpo foi regulamentado ao longo do século XV, tendo conhecido regimento em 1437 (Cf. Sergio Pagano, Gli Statuti dei Mazzieri Pontifici. Documenti rari e curiosi dell Archivo Secreto Vaticano, Roma, Gangemi Editora, 2007).
Os mazzieri, com as maças de prata ou de cobre dourado alçadas, anunciavam a presença de altos dignitários (imperadores, monarcas, papas, reitores, presidentes dos municípios, governadores de parlamentos ou de hospitais, provedores de misericórdias, etc.). O colégio dos mazzieri foi extinto pelo Papa Paulo VI em 1968.
Fonte: "Charles V's Coronation Holy Emperor at Bologna" (Gratae et Laboribus aequae posteritati Cesareas Sanctique Patris longo ordine), livro raro da British Library, exposto em 2007-2008 como "special one", http://special-1.bl.uk/treasures/festivalbooks/pagemax.aspx?strFest=0086&strPage=007 (consultado em 25/08/2007); http://special-1.bl.uk/treasures/festivalbooks/BookDetails.asp?strFest=0086 (consultado em 29/03/2008)

sexta-feira, 28 de março de 2008

Maceiros da Casa Papal

Maceiros da Casa Papal

Maceiros da Casa Papal
(http://www.guardiasvizzera.org/)

quinta-feira, 27 de março de 2008


Mazziere (I)
Procissão em Malta, vendo-se o maceiro na frente da colegiada da Basílica de São Pedro e São Paulo (em Gozo). Traje renascentista das primeiras décadas do século XVI, cujo elemento principal é um pelote carmesim despojado de mangas.


Mazziere (II)
Trecho de procissão, vendo-se o mazzieri na frente dos cónegos capitulares da Catedral de Malta.
[http://dappledphotos.blogspot.com/2006/11/canons.html]


Mazziere
Procissão de Santa Ágata, Itália: opa de mangas e dupla romeira, idêntica a situações contíguas já assinaladas em Espanha.
[http://www.etino.it/festa-santa-agata/]


Mazziere
"Ritratto di mazziere" da cidade de Florença, tela de Jacopo da Empoli, 1612, existente no acervo do Museo Stibbert/Florença. A maça apresenta cordões e borlas na parte inferior do fuste. O traje, composto por gibão, calções, chapeirão de feltro e ferraiolo bandeado, é semelhante ao usado pelos edis portugueses (em Portugal, o conjunto vestimentário era preto, com a capa forrada de cetim branco).

quarta-feira, 26 de março de 2008


Maceiros
Maceiros e trombeteiro de Jaca, Aragão, com opas e barretes renascentistas.
[http://www.genearagon.com/paraquines_index-2.html]



Maceiros

Espanha, San Sebastian, País Basco: postal ilustrado de inícios do século XX. Maceiros municipais em traje de luto, com fato preto, ferraiolos forrados de cetim preto, luvas pretas, maças guarnecidas de fumos (ca. 1,50m) e chapéus com borlas.

Maceiro
Maceiro com libré e maça, em desfile na frente de deputação municipal, Procesión Angel, Tudela, Espanha, 16 de Abril de 2006: o remate superior apresenta elementos quinhentistas comuns a maças sinalizadas na Universidade de Coimbra e Catedral de Beja. Outro elemento ornamental, pouco visível nesta fotografia, é a corrente de prata fixada junto ao anel superior do fuste, pormenor comum à maça cerimonial da Catedral de Beja, maças da Universidade de Coimbra, maças do município de Pamplona, maças de prata da casa real portuguesa na época de D. Manuel I e D. João III, sem esquermos a rara e notável maça do Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Maceiros
Procesión Angel, Tudela, Espanha, 2007: tabardos renascença e maças de prata com charola terminada em coroa aberta.
[http://www.bajadaangeltudela.com/]


Maceiros (a)
Rei de Armas da Diputación Provincial, Toledo, em desfile oficial na Procissão do Corpus Christi: traje renascentista complementado por libré verde de veludo, bordada e agaloada a ouro (tabardo/barrete) e maça cerimonial em prata.


Maceiros (b)
Maceiros de Toledo na Procissão do Corpus Christi: libré de tipo renascença, em veludo carmesim; maças de prata com charolas de quatro aletas, solução em voga na Península Ibérica desde meados do século XVI. A antiga maça cerimonial da Catedral de Beja (ca. 1560) segue uma ornamentação próxima deste tipo, o qual ainda hoje se pode observar nas maças das Faculdades da Universidade de Coimbra.
[http://fotostoledo.com/f/albumdisplay.asp?albumNombre=Corpus%20Christi&albumID=71]



Maceiros

Gravura ilustrativa das antigas maças de prata e libré dos maceiros de Gernika, Espanha. A opa, de dupla romeira e mangas adornadas de canhões, acusa influência da vestimentária da 2ª metade do século XVII, mas sobretudo da do século XVIII. A gorgeira de canudos é renascentista.


Maças
Modelos militares medievais, anteriores e paralelos ao processo de simbolização que desde o século XII conduziu à transformação destas armas em insígnias distintivas da autonomia e jurisdição de casas reais, tribunais, irmandades, catedrais, sinagogas, municípios, hospitais, universidades e casa papal. Conforme as circunstâncias e as normas protocolares, eram transportadas nos cortejos, pedâneos e equestres, à frente dos dignitários, por reis de armas, bedeis e maceiros.

terça-feira, 25 de março de 2008

Formatura na Wales


Foto 1
Graduation Day, Julho de 2007, na University of Wales Lampeter, Grã-Bretanha: membros do corpo docente da Theology Faculty (Faculdade de Teologia).

Foto 2
University of Wales Lampeter: o Prof. de História Eclesiástica, Wigel Yates, com gown e barrete convencionais, e o Cónego Frei Brenden, com batina avivada, garnacha exterior, cinto, hood (capelo) e barrete quandrangular.


Foto 3
Graduation Day na University of Wales Lampeter (instituição fundada em 1822), Julho de 2007.
Estão representados os docentes Brinley Jones, em hábito adamascado e agaloado a ouro de Chancellor, Johanes Hoff, com insólita toga e barrete azul escuro, e David Penner.

domingo, 23 de março de 2008

O Capelo

O Capelo

O Capelo


O Capelo


O Capelo


O Capelo

O Capelo

O Capelo


O Capelo
O préstito, reminiscência do triunfo romano
Fotos: Rui Lopes

Caeremoniale Conimbrigensis
Actos do Dia do Capelo (conclusão)
Segue-se um funcionário em uniforme de gala, trazendo ao ombro, desfraldada, a Bandeira da Universidade. Alinha então o Corpo dos Archeiros, em grande uniforme militar napoleónico, em azul escuro, composto por casaca, calções e meias brancas altas, colete, lacinho branco, espada, bicórnio de feltro (em desuso), luvas brancas, sapato preto afivelado, tabalarte debruado nas cores nacionais, com as alabardas erguidas.
Inicia-se o alinhamento do corpo docente, por antiguidade de Faculdades, desfilando na frente as mais novas, e atrás as mais antigas, e em cada uma delas dispondo-se na vanguarda os lentes mais jovens e na rectaguarda os mais velhos.
Como préstito é de grande gala, requer-se que os membros do corpo docente da Alma Mater desfilem em Hábito Talar e luvas brancas, com capelo deitado pelos ombros, barrete doutoral posto na cabeça e anel doutoral. Caso não tenham estas insígnias, os lentes integram o préstito apenas em Hábito Talar. Quanto ao capelo doutoral, por ser de dupla romeira, apenas se abotoam os alamares da romeira de baixo, dando a ver os tecidos que lhe são próprios (cetim e veludo do Japão) e or ornatos florais rococós em seda natural.
Os membros do corpo docente doutorados por outras instituições de ensino superior, portuguesas ou estrangeiras, envergam os trajes e insígnias das escolas por onde adquiriram a respectiva graduação. Os lentes detentores de ordens sacras seculares ou regulares podem optar pelo uso do Hábito Talar eclesiástico. Neste caso, ficam dispensados do porte do capelo doutoral, envergando apenas a borla doutoral e anel, ou em alternativa, hábito eclesiástico correspondente à sua dignidade.
Actualmente, a ordem das Faculdades é a seguinte, a contar da vanguarda:

-Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, sendo as insígnias doutorais em castanho forte e branco ;
-Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, cor-de-laranja;
-Faculdade de Economia, carmezim e branco ;
-Faculdade de Farmácia, roxo forte ;
-Faculdade de Ciências e Tecnologia, azul celeste e azul celeste e branco ;
-Faculdade de Medicina, amarelo ouro ;
-Faculdade de Direito, vermelho rubi ;
-Faculdade de Letras, azul ferrete .

Não se vê motivo algum para que licenciados ou mestres que sejam membros do corpo docente da Universidade de Coimbra, não se integrem no préstito, dispostos à frente dos doutores da sua Faculdade, com traje e insígnias apropriadas, embora não tenham direito a tomar assento nos doutorais da Sala dos Actos Grandes.
Imediatamente após o Claustro Docente, seguem os dois Oradores designados pelo Conselho Científico da Faculdade outorgante, também em Hábito Talar e Insígnias Doutorais.
Alinham depois os Bedéis de todas as Faculdades, ordenados dois a dois, em traje tradicional português de cerimónia e maças alçadas . Este traje, dito de grande oficial “à portuguesa”, cujas raízes remontam ao século XVI, não é o mais adequado aos bedéis conimbricenses, cujo traje clássico era a loba talar de dois corpos (sem capa). Um pouco atrás, posicionam-se os pajens portadores das insígnias , em traje palaciano setecentista, trazendo nas mãos enluvadas as salvas de prata com as borlas, anéis e livros. Quando não for possível convocar pajens, os Novos Doutores podem aproveitar o exemplo do protocolo usado durante a Reforma Pombalina de 1772, convidando estudantes de Capa e Batina para o mesmo efeito.
Seguidamente integra o préstito o Secretário-Geral, em Hábito Talar de estudante da década de 1890, trazendo nas mãos o bastão de prata distintivo das suas funções. Este bastão, que tem na parte superior a figura de Minerva, não é suficientemente comprido para alcançar o solo, uma vez que na Universidade de Coimbra o protocolo é orientado por vénias e gestos e não por bastonadas no solo nem pregão em voz alta, como sucedia nas Universidades de Salamanca e Alcalà de Henares, ou mesmo nos tribunais portugueses e franceses.
Os Novos Doutores, candidatos à Imposição de Insígnias, são dispostos em fila indiana, por antiguidades, à frente do Reitor, trazendo ao seu lado direito os respectivos Apresentantes ou Padrinhos. Se um Apresentante apadrinhar mais do que um laureando, formarão em linha, sempre com o dignitário à mão direita. O mais antigo candidato à investidura, desfila na rectaguarda da coluna, entre o Director da Faculdade outorgante, posto à direita, e o Reitor, alinhado à mão esquerda. Nunca se posicionam docentes da Universidade atrás do Reitor. Se houver Reitor Honorário, este desfila atrás do Rector Magnificus, em Hábito Talar e apenas com a Borla doutoral e o anel da sua Faculdade.
Atrás do Venerandus Praellatus são dispostos os dignitários e convidados, aplicando-se conjugadamente o protocolo da Universidade de Coimbra e o protocolo do Estado Português. Os representantes das universidades presentes ao acto, integram o cortejo segundo as datas de fundação, independentemente de serem portuguesas ou estrangeiras, ficando as mais novas à frente e as mais antigas atrás. Caso esteja presente, terá precedência sobre as universidades convidadas o Presidente do Conselho de Reitores. Dispositivo semelhante é aplicável às legações de instituições politécnicas.
No caso de estar presente o Chefe de Estado, tem este precedência sobre todos os convidados, desfilando logo atrás do Reitor, ou do Reitor Honorário. Estando presentes vários Ministros de Estado, precede o titular da pasta do Ensino Superior, norma que também se aplica ao Núncio na sua relação com o corpo diplomático. O Bispo de Coimbra precede todos os bispos portugueses, o mesmo acontecendo com a Câmara Municipal de Coimbra.
Finalmente são chamados ao cortejo os funcionários da Casa Reitoral em traje de gala de antigo oficial, neles se devendo incorporar os novos cargos entretanto surgidos na gestão universitária por força das reformas estatutárias, os dignitários externos que são membros da Assembleia (reformas estatutárias de 2007-2008), os estudantes universitários que houverem de participar, sendo os escolares dispostos por hierarquia de Faculdades ou de data de fundação de organismos académicos que representem. Fecha o préstito o Guarda-Mor das Escolas, também em traje de gala, com punhal à cinta, gibão de punhos rendados, plastron de duas línguas, capa-ferraiollo, luvas brancas e vara branca de meirinho alçada.
Nestas cerimónias é frequente os estudantes formarem alas ao longo do Pátio das Escolas e Via Latina, lançando as capas no chão, em homenagem aos docentes da sua Alma Mater.
Sobe o préstito à Via Latina, engalanada de louros, e dirige-se à Sala dos Actos Grandes, atravessando o propileus e a porta fundeira, estando a principal cerrada. O cortejo avança pelo meio da sala, percorre a teia e dirige-se ao paraninfo. A Charamela instala-se no estrado e os doutores abrem alas, permitindo a passagem do Rector Magnificus e do Director da Faculdade, os quais sobem e posicionam-se de pé na frente das respectivas cátedras.
Os laureandos instalam-se junto das cadeiras previamente dispostas no recinto da teia, cedendo os Apresentantes a sua direita a cada um dos Novos Doutores.
Os dois oradores sobem ao paraninfo, ocupando as suas cadeiras, estofadas na cor da respectiva Faculdade. O porta-estandarte toma lugar nos degraus do paraninfo, em pé, do lado oposto do escabelo do Secretário-Geral.
Os membros do corpo docente, com a cabeça coberta, iniciam a subida aos doutorais, ocupando os seus lugares pela ordem tradicional de cada Faculdade e guardando entre si as precedências entre mais antigos e mais novos, cabendo aos doutores mais jovens os últimos lugares da sua Faculdade nos doutorais. Nas cerimónias de maior concorrência, a falta de lugares nos doutorais implica que cada Faculdade apenas disponha de uma determinada quota aprovada pelo Senado.
À direita do Rector Magníficus tomam assento a Faculdade de Letras, a Faculdade de Medicina e a Faculdade de Farmácia; à esquerda, a Faculdade de Direito, a Faculdade de Ciências e Tecnologia, a Faculdade de Economia, a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação e a Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física.
O Secretário-Geral faz acomodar os dignitários à direita e à esquerda da cátedra reitoral, sendo a bancada da direita reservada aos convidados de maior dignidade protocolar. Ocupados todos os lugares, e também as tribunas superiores, o Rector Magnificus senta-se e descobre-se, gesto que é imediatamente observado por todos os doutores e convidados. Os archeiros guardam os espaços ocupados pelo público e procedem à abertura da porta principal da Sala dos Actos.
O Secretário-Geral pede vénia ao Reitor, acomoda-se no escabelo sito à esquerda do paraninfo, dirige-se aos laureandos e convida o mais antigo dentre eles a erguer-se, levando-o até ao primeiro degrau do estrado. Este, de pé, corteja o Reitor, retorna ao seu lugar, e sempre de pé, recita uma breve e elegante Oração em rememoração da antiga lição a que estavam obrigados os doutorandos (Lectio Doctoralis). Concluída a intervenção, volta ao primeiro degrau do paraninfo e faz vénia ao Reitor, após o que retorna ao seu assento na teia.
A Charamela interpreta um trecho instrumental adequado ao rito da Laudatio que vai seguir-se.
Passados breves momentos, o Secretário-Geral faz sinal ao regente para que a Charamela se cale, dirige-se ao Rector Magnificus, pede vénia, e convida o Orador mais velho a usar da palavra (galo). Este, cuja missão é louvar os Novos Doutores, levanta-se, descobre a cabeça e saúda o Rector e a Alma Mater:

«Magne Cancellari , et Rector Magnifice, et Alma Matris Studiorum Conimbrigensis Venerande Praellate
(Grande Cancelário, Magnífico Reitor e Venerando Prelado da Alma Mater Conimbricense dos Estudos )
Excelentíssimo Senhor Director da Faculdade (designação da Escola)
Sábios membros do Claustro Doutoral
Ilustríssimos Laureandos
Caros Apresentantes
Caros Funcionários
Caros Estudantes
Minhas Senhoras e Meus Senhores, etc..»

Terminadas as saudações, o Orador senta-se e profere a Laudatio com a cabeça coberta. O discurso remata com o orador a dirigir-se ao Cancelário Reitor, solicitando que este conceda a colação do grau e a Imposição de Insígnias Doutorais aos laureandos:

«Magne Cancellari et Rector Magnifice:
-a laurea doutoral destina-se a ser conferida a quem, pelos seus elevados méritos académicos e científicos, se tenha mostrado digno de a receber. São altos e distintos os méritos dos Novos Doutores (nomes).
Magne Cancellari, abs te peto ut digneris conferre colationem gradus Doctoris et Doctorales Insignias»
(Grande Cancelário, peço-te que te dignes conceder-lhes a colação do Grau de Doutor e as Insígnias Doutorais).

Terminada o primeiro elogio, a Charamela faz uma intervenção instrumental apropriada.
O Secretário-Geral volta a repetir o convite ao segundo Orador, o mais novo da sua Faculdade (galinha), o qual bisa todos os passos do protocolo, cabendo-lhe a Laudatio dos Apresentantes e rematando com novo pedido de colação do grau e de Imposição de Insígnias.
Terminado o segundo discurso, a Charamela volta a intervir, indo o Secretário-Geral buscar os dois oradores e fazendo-os sentar no final dos doutorais da Faculdade outorgante.
Regressado ao escabelo, o Secretário-Geral manda calar a Charamela, pede vénia ao Rector Magnificus e convida os laureandos a formarem fila junto ao primeiro degrau do paraninfo, estando os mais novos à frente e os mais antigos em obtenção do grau atrás, ladeados pelos seus Apresentantes. Constituída a formação, os Bedéis das Faculdades aproximam-se dos laureandos, dispondo-se em semicírculo, com as maças alçadas. Todos cortejam o Rector Magnificus com uma inclinação de cabeça, e logo de seguida o Secretário-Geral, o Bedel da respectiva Faculdade e o primeiro dos Novos Doutores sobem ao patamar mais elevado do paraninfo. O laureando faz-se acompanhar do seu Apresentante, caso este seja detentor do grau de Doutor ou tenha categoria protocolar elevada. De contrário, os Apresentantes ficam em baixo, junto aos Bedéis.
O pajem que transporta a salva com a Borla, o Anel e o Livro, toma posição à esquerda do Director da Faculdade outorgante. O laureando coloca-se em frente ao Rector Magnificus, com a cabeça inclinada em sinal de respeito. Se o Apresentante tiver subido ao paraninfo, toma posição erecta à mão direita do Reitor.
Estando todos nos seus devidos lugares, o Rector Magnificus levanta-se da cátedra e cobre-se com a Borla, sendo imediatamente imitado por todos os Doutores, bem como convidados ilustres que usem coberturas de cabeça. O Secretário-Geral abre o livro dos autos e graus, no qual se acha o formulário ritual latino, na página respectiva, à altura dos ombros do Rector Magnificus. Este, de pé, assumindo a sua função de Magnus Cancellarius, alça as mãos em gesto de investidura e pergunta solenemente ao laureando:

-«Quid Petis?»
(Que pedes?)

Responde o recipiendário também em latim:

-«Sustentatis thesibus sub disciplina gravissimorum doctorum et per omnes laudatis, abs te humiliter peto, Magne Cancellari et Rector Magnifice, colationem gradus Doctoris et Doctorales Insignias in Praeclara
-Artium Liberalium Facultate,
-Utroque Iure Facultate,
- Medicinae Facultate,
-Scientiiarum Facultate,
-Pharmaciae Facultate,
-Oeconomiae Facultate,
-Psychologiae et Educationis Scientiarum Facultate,
-Ludorum et Corporearum Educationis Scientiarium Facultate» .
(Defendidas as teses sob a direcção de mui respeitáveis Doutores e por todos aprovadas, peço humildemente, Grande Cancelário e Magnifico Reitor, a colação do grau de Doutor e a outorga das Insígnias Doutorais da ilustre Faculdade de…)

O Magnus Cancellarius, Rector Magnificus et Venerandus Praellatus, fazendo o gesto de imposição de mãos sobre a cabeça do laureando, pronuncia:

-«Ego (nome), hujus Almae Conimbrigensis Academia Magnus Cancellarius et Rector, creo te Doctorem et tibi confero Insígnias Doctorales in Praeclara (vide supra o nome da Faculdade), in nomine et auctoritate ejusdem Academiae.
Et committo Clarissimo Domino Doctori (nome do Director da Faculdade outorgante) Patronu tuo, ut te Insigniis Doctoralibus decoret».
(Eu, [nome], Reitor e Magno Cancelário desta Venerável Academia de Coimbra, elevo-te à dignidade de Doutor e outorgo-te as Insígnias Doutorais da Ilustre Faculdade [nome], em nome e com a aprovação da mesma Academia. E delego no Mui Distinto Doutor [nome], teu Padrinho, o ornar-te com as Insígnias Doutorais).

Terminada a fórmula ritual, o Secretário-Geral coloca o Novo Doutor em frente ao Director da respectiva Faculdade, ficando este com a cabeça ligeiramente inclinada . O Director, coberto com a Borla, assumindo a sua posição de comissário do Magnus Cancellarius explica ao laureando por breves palavras o significado das Insígnias Doutorais conimbricenses e, retirando a Borla doutoral da salva procede à sua imposição na cabeça do laureando:

-«Accipe capitis decorem apice, quo non solum splendore caeteros praecellas, sed etiam tamquam Minervae casside ad certamen munitior sis».
(Recebe no alto da cabeça o ornamento, para que não só te distingas dos demais em esplendor, mas também para que, como que coberto com o elmo de Minerva, fiques mais protegido na luta)

Neste preciso momento é enviado um sinal à torre para que o sineiro desfira no rebordo do Sino dos Capelos um curto e incisivo repique de gala.

Seguidamente o comissário reitoral procede à “traditio”, e retirando o Livro da Sabedoria da salva de prata abre-o, dizendo:

-«En librum apertum, ut scientarum arcana reseres».
(Aqui está o livro aberto, para que nele reveles os segredos da Sabedoria)

Depois, fechando o Livro da Sabedoria e entregando-o ao investido:

-«En librum clausum, ut eadem prout oporteat intimo pectore custodias».
(Aqui está o livro fechado para que seja necessário guardares no teu íntimo os segredos do saber)

Por último, retira o Anel Doutoral da salva de prata, coloca-o no dedo anular da mão esquerda do laureando e profere:

-«Hunc anullum recipe sicut symbolum Concordiae Fraternitatisque inter Doctores ac colligationis tuae cum Sapientia»
(Recebe este anel como símbolo da Concórdia e da Fraternidade entre os Doutores e da tua união com a Sabedoria)

Terminada a investidura do primeiro Novo Doutor, o Director da Faculdade abraça o laureado. Todos os Doutores se desbarretam e a Charamela interpreta um trecho musical adequado.
O laureado aguarda de pé, enquanto o seu Apresentante se retira e toma o devido assento. Sendo membro do Claustro Doutoral conimbricense, vai sentar-se no respectivo lugar nos doutorais. Sendo convidado ilustre, senta-se nas bancadas dos dignitários, à direita ou à esquerda da Cátedra Reitoral.
O Secretário-Geral vai buscar os restantes Novos Doutores, por ordem, acompanhados pelos seus Apresentantes e Bedel da Faculdade, repetindo-se um por um todos os passos do ritual de investidura.
Uma vez terminadas todas as investiduras, os Bedéis retomam aos seus lugares, excepto o da Faculdade outorgante. Este forma préstito com a Maça alçada, o Secretário-Geral, o Director da Faculdade com a cabeça coberta e os Novos Doutores segundo as suas antiguidades .
Inicia-se o passo seguinte da cerimónia com o tradicional «Osculum Pacis» ou «Cerimónia dos Abraços», mediante a qual o Studium Generale e o Claustro Docente acolhem festivamente os laureados. O Director da Faculdade começa por apresentar os laureados ao Rector Magnificus, que os abraça um a um, passando seguidamente à bancada direita dos dignitários, e dali ao doutoral direito. Quando o Director se aproxima de uma Faculdade, todos os doutores se erguem e permanecem de pé pelo tempo em que duram os abraços. Ao aproximar-se e ao afastar-se, o Director corteja a Faculdade, em sinal de agradecimento por esta ter acolhido o(s) Novo(s) Doutor(es). O processo repete-se junto dos membros de todas as Escolas que ocupam os doutorais. Percorrido todo o doutoral direito, descem os neófitos pela escada do fundo, atravessam o corredor da Sala dos Actos e sobem novamente ao paraninfo. Neste curto trajecto pelo meio da Sala dos Actos, o Director da Faculdade ladeia o Novo Doutor mais antigo pelo lado direito, ficando o Secretário-Geral à mão esquerda e indo o Bedel na frente de todos. Segue-se idêntico ritual junto à bancada esquerda dos dignitários e convidados, bem como doutoral esquerdo, com nova descida pela escada fundeira e cortejo pelo meio da Sala dos Actos. Na teia, caso ali estejam sentados alguns dos Apresentantes dos Novos Doutores, seus amigos ou familiares, estes são também abraçados.
Durante todos os curtos trajectos descritos, no paraninfo e nos doutorais, sempre que Director da Faculdade se aproxima do Rector Magnificus, bem como de cada uma das Faculdades, cumprimenta-os com uma vénia. O mesmo sucede, quando o Rector Magnificus ou uma Faculdade acabam de abraçar os laureados. Quando o préstito atravessa a sala e sobe ao paraninfo para continuar os abraços pelo lado esquerdo do doutoral, corteja-se o Rector Magnificus. Em momento algum da cerimónia se batem palmas na Sala dos Actos Grandes.
Terminado o «Osculum Pacis», passa-se ao momento do ritual de investidura designado por Ostentação. O Secretário-Geral convida todos os laureados a tomar posse das cátedras que foram previamente dispostas no paraninfo, entre o Reitor e o Director da Faculdade.
Diz o Director da Faculdade, de pé e com a cabeça coberta:

-«Sedeant in sapientiae cathedris, ut inde, doctrina eminens in Academia, in foro et in republica doceat».
(Sentai-vos nas cátedras da Sabedoria, para que a partir daí a alta ciência brilhe na Universidade, no Foro e no Governo)

Os investidos tomam então posse solene das suas cátedras, por ordem de obtenção do grau de Doutor, e cobrem-se com as Borlas, apresentando-se à Alma Mater em Ostentação solene. O Director da Faculdade também se senta.
A Charamela interrompe a sua actuação, tendo tocado por todo o tempo em que durou o «Osculum».
O mais antigo, em representação de todos os seus colegas que naquele momento obtiveram a laurea, ergue-se, desbarreta-se, e voltando-se para o Rector Magnificus profere a fórmula de agradecimento à Alma Mater Studiorum:

-«Nunc restat nobis agere gratias pro tot tantis beneficiis erga nos collatis».
(Resta-nos, agora, apresentar os nossos agradecimentos por tantos e tão grandes benefícios que nos foram conferidos)

O laureado volta a sentar-se na respectiva cátedra. A Charamela interpreta uma peça musical apropriada e os Novos Doutores formam fila, tendo na dianteira o Director da Faculdade, o Bedel da Faculdade e o Secretário-Geral, e vão tomar assento nos últimos lugares do doutoral da sua Faculdade, segundo as suas antiguidades.
O Director da Faculdade outorgante também se senta no respectivo doutoral. O Secretário-Geral e o Bedel retornam aos seus lugares de origem. O Secretário-Geral faz sinal ao regente da Charamela para que termine a actuação e inicie o «Hino Académico de Coimbra». Ao som das primeiras notas ergue-se o Rector Magnificus e com ele todos os presentes e convidados em sinal de respeito. No final da execução voltam a sentar-se. Momentos volvidos, o Secretário-Geral volta-se para o Rector Magnificus, pede-lhe vénia e coloca-se à sua esquerda, ligeiramente na rectaguarda. O Venerandus Praellatus ergue-se, coloca a Borla na cabeça, sendo imitado por todos os doutores do Claustro Conimbricense e demais convidados que usem coberturas de cabeça, e com um gesto simples indica o fim da cerimónia.
Organiza-se o saimento da Sala dos Actos Grandes em direcção à Sala do Senado da Casa Reitoral, com a mesma ordem observada no préstito de entrada. Porém, são de notar as seguintes alterações:

-a) os Novos Doutores laureados incorporam-se dois a dois na vanguarda da sua Faculdade, respeitando entre si as antiguidades;
-b) o Director da Faculdade outorgante desfila no lugar que lhe compete na sua Faculdade;
-c) os dois Oradores integram-se nos lugares de ordem da sua Faculdade;
-d) se algum dos Apresentantes pertencer ao corpo docente da Universidade, toma o lugar que lhe compete junto da sua Faculdade;
-e) o Rector Magnificus fecha o préstito académico, sendo ladeado à mão direita pelo Director da Faculdade de Letras, e à mão esquerda pelo Director e Chanceler da Faculdade de Direito;
-f) os Apresentantes que não pertençam ao corpo docente da Universidade de Coimbra e demais dignitários presentes alinham atrás do Reitor em conformidade com o protocolo de Estado.

Na Sala do Senado constitui-se uma mesa, na qual o Secretário-Geral abre e lê em voz alta a Acta do Livro dos Autos e Graus (cuja encadernação é na cor científica da Faculdade outorgante), sendo o documento de investidura assinado pelo Reitor, Apresentante(s), Director da Faculdade, Testemunhas (os dois lentes mais antigos da Faculdade, presentes nesse acto) e Novos Doutores. Apõe a sua assinatura no lugar próprio do termo o Secretário-Geral.
É entregue a cada laureado um exemplar da Carta de Investidura, em latim sobre pergaminho, devidamente chancelada e assinada . Esta carta deve conter na parte superior o Grande Selo oficial, estampado da cor distintiva da Faculdade outorgante, bem como a identificação e títulos do Reitor, seguindo-se o texto propriamente dito, o qual abre com capitular iluminada, as assinaturas do Secretário-Geral (Universitatis a Secretis), Reitor (Universitatis Rector) e Chanceler (Universitatis Procancellarius ou Sriniarius), pendendo da parte inferior do diploma as fitas de seda e o selo de cera resguardado em cofre de prata com o selo inciso. Ao contrário das universidades franceses e italianas, países onde o momento alto da cerimónia honoris causa se centra na abertura e exibição da carta doutoral perante a assistência e representantes da comunicação social, em Coimbra, a entrega do diploma ao investido é algo de muito secundário em todo o cerimonial.
Ao nível do Paço das Escolas, a cerimónia de investidura está terminada, merecendo realce a velha tradição de os doutores mais supersticiosos irem à base da Torre da Universidade desferir um pontapé de esconjuro numa Raposa pintada num painel de azulejos.
Embora não seja considerado obrigatório, os Novos Doutores costumam promover um banquete de gala (Prandium) para remate da Cerimónia do Capelo no Palácio Reitoral de São Marcos, cuja origem remonta ao Triumphus romano e foi comum às universidades ibéricas e italianas medievais.

FONTES:
-«A Ordenação do Bispo», texto on line no endereço http://www.sdplviseu.web.pt/TEMAS/OrdenacaodoBispo.doc (texto contendo o cerimonial de ordenação reformado e introdução explicativa).
-«Academic Dress», http://en.wikipedia.org/wiki/Academic_dress (inter-collegiate colours standardized in the United States).
-«Academic Dress of the University of Oxford», disponível no endereço http://en.wikipedia.org/wiki/Acedmic_dress_of_Oxford_University.
-ALVES, Ana Maria – Iconologia do poder real no Período Manuelino. À procura da linguagem perdida, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1985.
-ALVES, Ana Maria – As Entradas Régias Portuguesas. Uma visão de conjunto, Lisboa, Livros Horizonte, s/d.
-Associación para el Estudio y la Investigación del Protocolo Universitário. Histórico de Eventos: actas on line do “I Encuentro, 6 y 7 de marzo de 1996, Granada; “II Encuentro, 24 y 25 de Abril de 1997, La Rioja; “III Encuentro”, 19 y 20 de Abril de 1999, Madrid; “IV Encuentro”, 7, 8 y 9 de Abril de 2005, Santander; “V Encuentro”, 11, 12 y 13 de mayo de 2006, Pamplona; “VI Encuentro”, 26, 27 y 28 de abril de 2007, Alicante, disponíveis em http://www.protocolouniversitario.ua.es/eventos.jsp.
-barretes eclesiásticos e doutorais, http://www.dieter-philippi.de/mydante_1479_1131.html.
-BARROS, Júlia Leitão de – Afonso Costa. Fotobiografias do século XX, Lisboa, Círculo de Leitores, 2002 (imagens de estudante, de doutor em Hábito Talar e Insígnias, carta doutoral).
-«Birreta Sightings», e verbetes correlativos “The Papal Tiara”, “The Capa Magna”, “Mighty Mitres”, “Ring Kissing”, “The Mozzetta”, etc., em Dappled Photos, http://dappledphotos.blogspot.com/.
-BRANCO, Fernando Aguiar (nota introdutória) – Fernando Aguiar-Branco Doutor Honoris Causa em Letras (Sinopse dos factos relativos ao Doutoramento). Doutores Honoris Causa em Letras de 1926 a 2001 (Sinopse das suas biografias), Porto, Fundação Eng. António de Almeida, 2002.
-BRITO, A. Rocha – O primeiro dia de aula (…) da Faculdade de Medicina, desde a última transferência da Universidade de Coimbra, Coimbra, Tipografia da Coimbra Editora, 1935.
-Caeremoniale Episcoporum, edição de 1752, versão francesa on line http://www.ceremoniaire.net/office_divin/caer-esp_1/-40k.
-«Cattolici Romani», http://www.cattoliciromani.com/forum/showthread.php/ (imagens relativas à entronização dos cardeais romanos).
-CATROGA, Fernando – Caminhos do Fim da História, Coimbra, Quarteto Editora, 2003.
-«Cerimonial Universitário. Regras. Universidade Católica Portuguesa. 2000», http://www.ucp.pt/site/resouces/documents/Cerimonial_Universitario.pdf.
-«Cerimónias de Vinculação da Ordem dos Enfermeiros», http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/noticias/arquivo/2006/09/Vinculacao.htm-24k-.
-«Capelo», in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Volume V, Lisboa/Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, Lda., s/d., p. 801.
-CASTRO, Aníbal Pinto de (apresentação)– Estatutos da Universidade de Coimbra (1653), Coimbra, Por Ordem da Universidade, 1987.
-CUNHA, Hélder de Mendonça e – Regras do Cerimonial Português, Lisboa, Livraria Bertrand, 1876, pp. 167-172 (regulamento da Cerimónia de Investidura Doutoral conimbricense).
-declarações prestadas pela Prof. Doutora Maria Helena da Rocha Pereira em 13 de Julho de 2007 e 28 de Novembro de 2007.
-declarações prestadas pelo Prof. Doutor Aníbal Pinto de Castro em 19 de Dezembro de 2007.
-declarações prestadas pelo Dr. Joel Araújo relativamente às designações latinas das Faculdades e falas rituais latinas.
-declarações e versão latina actualizada das falas rituais pelo Prof. Doutor Manuel Francisco Ramos (8/01/2008).
-Decreto-Lei Nº 150/87, de 30 de Março (disposições sobre a Bandeira Nacional Portuguesa).
-DITZHUYEN, Van Reinilds – “The Creatio Doctors. Diversity and Convergence of Ceremonial forms?”, texto publicado pelo autor noroeguês em 2005, na sequência do chamado “Processo de Bolonha”, balizado entre o modelo “Disputatio” e o paradigma “Inceptio”. A informação relativa a Portugal é muito escassa e inexistente para o caso conimbricense. Artigo on line no endereço http://ugle.svf.uib.no/svfweb1/filer/1309.pfd.
-«Doutoramento» [em Coimbra], in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Volume X, sem data, p. 285. Descrição muito sintetizada e lacunar, segundo a minuta protocolar elaborada em 1916.
-Doutoramento Honoris Causa de Gladstone Chaves de Melo e Vergílio Ferreira. Universidade de Coimbra, 24 de Outubro de 1993, Porto, Fundação Eng. António de Almeida, 1996 (propostas de concessão do grau pela Fac. de Letras, “lectio”, “laudatio”, texto do cerimonial cedido pelos Serviços Académicos, fotografias).
-«Diplomatic Consular suits of the Kingdoms of Serbia, Montenegro and Yugoslavia», http://www.mfa.gov.yu/History/du_e.html.
-«Estatuto e Regulamento da Academia das Sciencias de Lisboa», Decreto Nº 4.480, de 27 de Junho de 1918, Diário do Governo, I Série, Nº 141, de 27 de Junho de 1918, p. 1001 e ss.
-«Estatutos da Universidade de Coimbra», Despacho Normativo nº 79/89, de 28 de Agosto; idem, Despacho Normativo nº 30/2004, de 19 de Junho de 2004, in Diário da República, I Série-B, Nº 143, pp. 3.769-3.779, artigos 72º, 73º, 74º e 75º.
-GOMES, Joaquim Ferreira – A Universidade de Coimbra durante a Primeira República (1910-1926), Lisboa, Instituto de Inovação Educacional, 1990.
-Gratae et Laboris aequae posterit Caesareas Sanctique patris longo ordine: Charles V’s Coronation Holy Roman Emperor at Bologna (gravuras da cavalgada solene com os dignitários, imperador e papa, exemplar raro da British Library), on line no endereço http://special-1.bl.uk/treasures/festivalbooks/pagemax.aspx?strFest=006&strPage=007.
-HARGREAVES, Mawdsley W. N. – A History of Academical Dress in Europe until the end of the eigtheen century, Oxford, At The Clarendon Press, 1963.
-HOMEM, Armando Luís de Carvalho – O Traje dos Lentes. Memória para a história da veste dos universitários portugueses (séculos XIX-XX), Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2007.
-«Investidura», in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Volume XIII, s/d., pp. 991-992.
-MAGALHÃES, José Calvet de – Manual Diplomático. Direito Diplomático. Prática Diplomática, 4ª edição, Lisboa, Editorial Bizâncio, 2001.
-MALLO, Francisco López Nieto y – Honores y Protocolo, 3ª edição, Editoral El Consultor, 2006.
-MARCHESI, Maria Rosa – O Livro do Protocolo, Lisboa, Editorial Presença, 1992.
-Modelos de cartas de curso de Licenciado, Mestre e Doutor (Coimbra), Portaria nº 520/84, de 27 de Julho, in Diário da República, I Série, Nº 173, p. 2.300.
-MOULIN, Léo – A vida quotidiana dos estudantes na Idade Média, Lisboa, Edição Livros do Brasil, 1994.
-NABAIS, João Casalta – Introdução ao Direito do Património Cultural, Coimbra, Almedina, 2004.
-NAINFA, John Abel Felix Prosper – Costume of the Prelates of the Catholic Church according to Roman Etiquete, Baltimore/Maryland, John Murphy Company, 1926, disponível on line no endereço http://www.archive.org/details/costumeofprelateOOnainuoft.
-NIETO, Francisco Galino – Del Protocolo y Ceremonial Universitario y Complutense, Madrid, Editorial Complutense, 1999 (pp. 165-178 para a “Investidura de Doctores e respectivo formulário latino).
-Lei Nº 40/2006, de 25 de Agosto [Lei das Precedências do Protocolo do Estado Português].
-LEITE, Padre Serafim (transcrição e notas) – Estatutos da Universidade de Coimbra (1559), Coimbra, Por Ordem da Universidade, 1963.
-MORAIS, Francisco da Silveira – Estudantes e Lentes, Coimbra, Edição do Autor, 1930.
-O Protocolo nos Serviços Públicos [documentos seleccionados pela formadora Ana Maia e distribuídos ao Curso de formação ministrado pelo Instituto Nacional de Administração entre 2 e 5 de Novembro de 2004].
-PAIVA, José Pedro – «O Cerimonial da Entrada dos Bispos nas suas Dioceses (1741-1757)», in Revista de História das Ideias, Nº 15, 1993, pp. 117-146.
-«Património Cultural Português», Lei nº 107/01, de 8 de Setembro, in Diário da República, Série I-A, pp. 5.808 a 5.829.
-PEIXOTO, Paulo – «Tradições Universitárias e Patrimonialização. Por uma Tradição inovadora», in RUA LARGA. Revista da Reitoria da Universidade de Coimbra, Nº 18, disponível em http://www1.ci.uc.pt/rualarga/revista/index.php.
-Pontifical Romano, Coimbra, Gráfica de Coimbra, 1992.
-Portal UnB: Coordenação do Cerimonial, http://www.unb.br/administracao/ceri/index.php-34k.
-Protocolo y Comunicacion. Blog de Protocolo, Ceremonial, Etiqueta…, http://protocoloycomunicacion.blogspot.com/.
-Protocolo Universitário, diversas entradas in Protocolo y Etiqueta, http://www.protocolo.org/gest_web/prot_Seccion.pl?rfID=278.
-«Reglamento Especial de Protocolo del Excelentisimo Ayuntamiento de Huelva», http://www.ayiuntamientohuelva.com/.
-«Reglamento 2/2005, de Honores, Tratamientos y Protocolo en los Actos Judiciales Solemnes. Acuerdo de noviembre 2005, del Pleno del Consejo General del Poder Judicial. BOE 302 de fecha 19/12/2005», http://www.protocolo.org/gest_web/proto_Seccion.pl?rfID=398&arefid=1887; http://www.protocolo.com/web_files/noticias/boletin/221205/cgpj.htm-13k-; http://www.avocacia.org/w3/article_pdf.php3?id_article=978; http://www.boe.es/boe/dias/2005/12/19(pdfs/A41404-41413pdf.
-«Reglamento de Protocolo, Honores, Distinciones, Símbolos y usos de la Alcaldia de Cali. Decreto Nº 057, de 13 de Fevereiro de 2003» [Municipio de Santiago de Cali, Colômbia], http://www.cali.gov.co/.
-relato da visita da Rainha D. Maria II à Universidade de Coimbra em 23 e 24 de Abril de 1852, conglobando um Capelo: Diário do Governo, Nº 97, 2ª feira, 26 de Abril de 1852, p. 445; Diário do Governo, Nº 98, 3ª feira, 27 de Abril de 1852, p. 459; Diário do Governo, Nº 99, 4ª feira, 28 de Abril de 1852, p. 453; Diário do Governo, Nº 102, Sábado, 1 de Maio de 1852, p. 465.
-relato da visita da Família Real a Coimbra e à Universidade, conglobando um Capelo: Diário do Governo, Nº 163, Sábado, 23 de Julho de 1892; Diário do Governo, Nº 164, 2ª feira, 25 de Julho de 1892; Diário do Governo, Nº 165, 3ª feira, 26 de Julho de 1892.
-RODRIGUES, Juan Luís Pólo e CASTRO, Jerónimo Hernández de – Ceremonias y Grados en la Universidad de Salamanca, Salamanca, Ediciones Universidad de Salamanca, 2004.
-RODRIGUES, Manuel Augusto (introdução) – Os primeiros Estatutos da Universidade de Coimbra, Coimbra, Edição do Arquivo da Universidade de Coimbra, 1991 (textos dos estatutos de 1431 e dos manuelinos de ca. 1503).
-RODRIGUES, Manuel Augusto – A Universidade de Coimbra e os seus Reitores. Para uma história da instituição, Coimbra, Edição do AUC, 1990.
-TORGAL, Luís Reis – “Quid Petis? Os «Doutoramentos» na Universidade de Coimbra», in Revista de História das Ideias, Nº 15, 1993, pp. 177-316 (transcreve nas pp. 313-316 a minuta protocolar em uso nas décadas de 1980-1990).
-«Universidade», Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Volume 33, Lisboa/Rio de Janeiro, 1956, pp. 441-458.
-«Universidad de Salamanca. Ceremonial para la Investidura de Nuevos Doctores», http://www.usal.gabinete/protocolo/Ceremonial_Nuevos_doctores.pdf; complementarmente, «Festividade de Santo Tomás de Aquino”, http://www.usal.es/gabinete/protocolo/santo_tomas.htm.
-VASCONCELOS, António Garcia Ribeiro de – Estudos Vários relativos à Universidade Dionisiana, Tomo I, 2ª edição, Coimbra, Arquivo da Universidade de Coimbra, 1987.
[não foi possível editar as notas de fim de página que completavam esta segunda parte do texto, AMN]