sábado, 5 de julho de 2008

Camareiro papal (II)
"Cameriere particolare del papa", ou porta-flabelo, funcionário da Casa Papal encarregue de refrescar o pontífice com leques de plumas de avestruz, antiquíssimo costume pré-cristão que se pode detectar em relevos egípcio-faraónicos.
Em actividade até ao pontificado de Paulo VI, os porta-flabelos figuravam habitualmente atrás do trono papal, em cortejos solenes (nas imediações da sedia) e demais cerimónias.
Neste registo, anterior a 1844, o camareiro enverga murça de arminhos e loba talar composta por sotaina azulada e chamarra ou sobreveste munida de mangas acanhoadas pela linha do cotovelo.
O privilégio do uso cerimonial do flabelo foi concedido no século XVIII pelo pontífice romano ao patriarca de Lisboa, razão pela qual se podem visualizar dois flabelos oriundos de Roma no Museu de Arte Sacra da Sé de Lisboa. Fotografias de época, mostram que estiveram em uso até finais do governo do Cardeal Cerejeira.
As gravuras I e II integram a recolha de Nicolas Dally, "Usi e costumi sociali, politici e religiosi di tuti i popoli del mondo...", Torino, 1844-1847.

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