domingo, 13 de abril de 2008


Maças da Universidade de Saint Andrews
Com origem directa nas maças militares medievais, as maças/insígnias profusamente consagradas nos séculos XIV-XV como símbolos da casa papal, casas episcopais e reais, confrarias, misericódias e universidades, não deixam de remeter para os fascios do Império Romano que desfilavam nos triunfos e varas/bastões assinalados na mitologia grega, egípcia e suméria.
A Universidade escocesa de Saint Andrews é detentora das mais antigas varas cerimoniais preservadas no Ocidente, sendo as três mais recuadas fábrica do século XV. O elegante colunelo ou fuste é de urdidura cilindriforme, aposto entre base e capitel, cindido por jogos de três anéis dispostos a espaços. Como peças arquitectónicas que são, os capitéis hexagonais rematam em vistosos torreões góticos com faces ornamentadas por cenários arquitectónicos (pilastras e arcos), nos quais se inscrevem brasões e figurinhas. Das três mais ascentrais (Artes Liberais, Cânones e Salvator's College), destaca-se a maça do Salvator's College em gótico flamejante.
Muito próxima destes exemplares e também do século XV (1465) é maça da Universidade de Glasgow, com tabernáculo em gótico flamejante, mas com o polígono a rematar em cúpulae florão, solução também avistada em gravuras alusivas à Universidade de Paris e Universidade de Louvaina.
Estas maças foram alvo de aprofundado estudo monográfico, apoiado em documentação de arquivo e desenhos detalhados de alçados, trabalho assinado por Alexander Brook em 1892, disponível em «An account of the maces of the Universities of St. Andrews, Glasgow, Aberdeen, and Edinburg..., by Alexander Brook», 1892, http://ads.ahds.ac.uk/catalogue/adsdata/PSAS_2002/pdf/vol_026_440_5140pdf.

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