segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Quebra dos Escudos
Raro exemplar de um escudo oitocentista em estrutura de madeira elíptica, ornado com as armas reais portuguesas e previamente golpeado a meio, na vertical, para facilitar a representação de rua e evitar embaraços ao vereador encarregue de proferir as falas rituais e de quebrar os escudos.
A cerimónia fúnebre da Quebra dos Esudos régios era encenada e representada pelas câmaras municipais portuguesas alguns dias após o falecimento do Chefe de Estado, prolongando uma tradição de raízes medievais que se realizou pelo menos até à morte de D. Pedro V.
O cerimonial não apresenta diferenças de município para município, uma vez que as autarquias mais jovens solicitavam às mais antigas cópia fiel da minuta protocolar, prática bem documentada através de um pedido feito pela Câmara de Viana do Castelo à sua congénere portuense.
Um relato da Cerimónia da Quebra dos Escudos por morte de D. Pedro II, realizada pela Câmara Municipal do Porto em 15 de Janeiro de 1707, pode ler-se proveitosamente em Artur de Magalhães Basto: "Na Morte de um Rei", http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/artigo4331.doc.
O escudo acima reproduzido pertenceu à Câmara Municipal de Guimarães, integrando actualmente o Fundo Vimaranense da Secção de Etnografia da Sociedade Martins Sarmento. Reprodução on line no site "Pedra Formosa. Blog Informativo", http://pedraformosa.blogspot.com/2006_02_01_archive.html.

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